Segredo segredíssimo Texto Infantil de Odívia Barros
Era uma vez e não era uma vez, uma menina
muito esperta. Seu nome era Alice.
Mas,
às vezes, Alice gostava de se sentir pequenininha e aí, ela fingia que não
entendia as coisas.
Por exemplo:
Alice não gostava de dormir sozinha.
Todas as noites,
Alice perguntava para a mãe: “Mãe, você dorme comigo?” Alice já sabia a
resposta, porque a mãe tinha que estudar à noite.
Mas mesmo assim
ela fingia ser pequenina e perguntava à mesma coisa... às vezes sua mãe até
dormia com ela...
Alice tinha uma
grande amiga, que também era pequena, chamada Adriana.
Um dia, Adriana
contou um segredo a Alice.
– Alice, posso te
contar um segredo segredíssimo?
– Claro! – Falou
Alice.
E foi assim que
Alice ficou sabendo que aquele “tio” da Adriana, que ela conheceu outro dia,
não era tão legal assim.
Adriana contou
que o “tio” queria fazer brincadeira de adulto com ela.
Alice que não era
boba nem nada, logo entendeu do que Adriana estava falando. Alice já tinha
visto beijo na boca na TV,... já tinha visto um cachorrinho namorando uma
cachorrinha na rua. Adriana estava morrendo de vergonha, mas mesmo assim contou
tudinho à sua amiga Alice.
Adriana estava
triste e queria sumir do mundo toda vez que o “tio” aparecia. Tudo que ela
queria era se esconder dele e nunca mais fazer nada de brincadeira de adulto.
– Conta à sua
mãe, Adriana! Conta à sua mãe! – Falou a esperta Alice.
Naquele dia,
antes de ir dormir, Adriana tomou coragem,... chamou a mãe no quarto e contou
que o “tio” queria fazer brincadeiras de adulto com ela.
A mãe disse que
entendia porque Adriana estava tão triste e angustiada. E a mãe de Adriana
contou que aquilo já tinha acontecido com outras crianças...
Depois ela disse
para Adriana não se preocupar, pois ela não tinha feito nada de errado. Quem
tinha feito tudo errado foi o “tio” depravado.
A mãe de Adriana
estava muito orgulhosa por ela ter contado a verdade! Depois daquele dia, nunca
mais o “tio” quis fazer brincadeira de adulto com Adriana.
E Adriana e Alice
nunca mais tiveram medo de nada.
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